quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rio em Guerra

Era de se imaginar que isso acontecer, os mulambos descalços decretaram guerra ao Estado, deu nisso, enquanto a brincadeira era mandar dependentes de crack pagos a dez reais e uma pedra incendiarem carros pelas ruas pareceu que estavam "ganhando" alguma coisa, agora eles vão ver o que vão receber, o mesmo que a Maria recebeu atrás da horta.

Blindados da Marinha aplaudidos nas ruas, meus amigos sexagenários, que em 64 e 68 se rebelaram com o golpe militar teriam arrepios ao ouvir isso, mas agora eles estão do "nosso" lado, defendendo o estado de direito, a normalidade, para corrigir a leniência de décadas de governos corruptos que se aliaram ao narcotráfico, ou o toleraram, para governar sem se comprometer pelo verdadeiro bem-estar social que tão caro pagamos com nossos impostos.

Pago imposto pra ver policial na rua, pra ver carro patrulha novo, camburão, blindado, e se necessário até mesmo um estado de exceção para podermos voltar à normalidade.

Essa guerra está anunciada há décadas, desde que o estado resolveu escolher para quem deveria governar, abandonando o resto a própria sorte, essa grande parcela foi submetida ao "darwvinismo social" e ela procurou sobreviver da maneira que podia, contaminou aqueles que queriam ser contaminados, seja a classe média-alta com seus psicotropicos recreativos aos que procuravam o entopercimento para esquecer a fome, miséria e a falta de perspectiva de vida.

Gerações jogadas na lata de lixo da história, semi-analfabetos funcionais, sem futuro e sem passado, vivendo como bichos, comendo os restos de uma sociedade ignorante e egoísta, deu no que deu, ocuparam as encostas, surgiram líderes com fumaças de intelectualidade que enveredaram num discurso pseudo-marxista para justificar o direto de fazer um baile funk estilo Colômbia com desfile de armas cromadas e execuções performáticas usando armas brancas e queima de cadáveres.

O governo federal deu o primeiro passo, dando renda para as pessoas pobres, mas algumas delas estão fazendo as escolhas erradas, hoje assistindo o noticiário vi o pai de uma menina de 14 anos, morta, baleada pelas costas dentro de casa diante de seu computador novo comprado a menos de três meses, dizer que o presente de 15 anos da filha seria uma moto e que ele ia fazer de tudo para dá-la à filha que morreu prematura e estupidamente nessa guerra sem quartel.

Vejam bem, as pessoas que moram em comunidades não são diferentes de nós, que nascidos e criados no asfalto estranhamos o afã dessa massa em comprar bens de consumo, mas se imaginarmos que a uma década essas pessoas estavam na linha de sobrevivência foi um salto enorme, mas é necessário educar essas pessoas, não adianta levar UPP, água e luz regulamentares, é necessário também "tirar a favela" de dentro da mentalidade delas, mostrar que não adianta ter eletrodomésticos novos se ela insiste em continuar morando em lugares de difícil acesso, sem urbanização, onde não sobe uma ambulância ou um caminhão de coleta de lixo, é necessário criar um padrão de moradia, mínimo que seja, e impor a essas pessoas que se regularizem e vivam de forma digna.

Isso não é um discurso facista, é necessário criar padrões mínimos, e não deixar que nada abaixo disso se estabeleça.

Há 20 anos a cidade tinha menos da metade das favelas que tem hoje, elas se estabeleceram em prédios industriais abandonados, terrenos baldios, vãos de viadutos, terras devolutas, em suma, em qualquer lugar onde haja um espaço alguém almeja construir "uma casinha" para morar.

O crescimento desenfreado das favelas foi visto e fartamente documentado, mas não foi combatido, até pouco tempo esse nome era tabu na imprensa, se dizia "comunidade carente", numa hipócrita manifestação pseudo politicamente correta, que na verdade procurava esconder o óbvio: o estado sucateado e inerte não tinha mais controle de seu território, e abria as portas ao precário, ao irregular e ao ilegal.

Onde o estado falha o não-estado aparece, com suas relações precárias de tudo, com o furto de serviços (água e luz) e cerceamento de liberdade (mílicias), transporte irregular, em suma, hoje marca um momento sem volta, com a queda do Complexo do Alemão desarticula-se o grande mosntro vendedor de jornal e queiridinho do IBOPE das emissoras de TV, o "crime-organizado".

O que vi hoje, molambos descalços portando armas que custam o preço de um carro popular, mostra bem que tipo de inimigo combatemos, não são super-soldados, não são mercenários sem alma, são moleques brincando de guerrinha, achando que queimar ônibus e carros podem fazer o estado recuar em um planejamento estratégico que é muito maior que uma favela ou um território de venda de drogas, esses molambos magrelos e sujos, com suas camisas de times de futebol e insígnias de poder nas suas armas desgastadas não podem servir de ameaça a um país que dispõem do maior efetivo militar da América do Sul.

A prova hoje estava nas ruas da Penha, blindados M-113 para transportar os homens do BOPE, depois chegaram os Camanf, veículos de assalto protando duas metralhadoras .50 usados para desembarque de soldados em campo de batalha, capazes se suportar um alto grau de agressão, muito maior que os coquetéis molotov caseiros que os bandidos usam em suas ações de guerrilhas.

Marcinho VP e Elias Maluco, dois mentores intelectuais dessa bárbarie teoricamente estão em Porto Velho, talvez nem estejam mais nesse mundo, baixada a poeira podem descobrir que durante o RDD obrigatório a que todo preso de alta periculosidade é obrigado a passar em cada transferência eles apareçam mortos enforcados nos próprios lençóis, antes assim. São irrecuperáveis para a sociedade, uma vez finda a parcela de pena que são obrigados a cumprir, e que a justiça reduz mediante a atenuantes de "bom comportamento" e atitudes regenadoras tal como uma suposta conversão evangélica provavelmente estavariam tramando assim que sair da prisão retomar suas atividades criminosas.

Infelizmente o sistema carcerário não corrige um apenado, somente por força de vontade do próprio preso ele sai da vida criminosa, na maior parte das vezes reincide e muitas vezes com crimes piores que o primeiro que o levou a prisão.

A atual geração que está na vida do crime está perdida e só se salvará por ela mesma, cabe a nós, a sociedade constituída, salvar a próxima geração, inclusive a que ainda nem nasceu, criando condições para que cresçam sem ver armas de fogo, sem sofrer o estado de terror do tráfico, que sua escolha de vida não seja ter uma pistola cromada e um tênis da moda no pé.

Essa batalha que começa essa noite, e que já está ensaiada há anos, será um marco na história do país, e servirá de exemplo para outros estados, como por exemplo para a Bahia que sofre com suas gangues de traficantes que chegam ao cúmulo de realizar festas em plena luz do dia com anúncio em rádio, em uma dessas festas foram presos mais de cem bandidos a maioria com passagem pela polícia, muitos menores drogas e armas.

Ou então o nordeste que vê suas cidades interioranas assaltadas por bandos que explodem bancos e tomam vários reféns, ou então no Sul em que cidades estão tomadas por viciados, São Paulo que tenta esconder sua rotina violenta por baixo de um verniz frágil de civilidade e competência, em suma, o que acontecer aqui servirá como base de ação para que no país todo haja uma uniformização das ações policiais e de uma vez por toda se desmonte essa máquina de guerrilha urbana antes que ela se torne profissional demais, porque o que vimos hoje é que o monstro não é o que parece, é perigoso, mas levado à sua escala humana sangra e morre.

É cruel, mas é a realidade, é uma guerra, e antes de chorar a minha mãe que chore a deles.

sábado, 23 de outubro de 2010

Bolinhagate, mais um vídeo

Esse é o definitivo do definitivo, agora aparece uma pessoa tacando a bolinha no candidato, ou seja, era mais fácil a dona Globo ter pego esse vídeo do que manipulado o outro, mas vai saber, a essa altura o Ali Kamel já deve estar passando no RH pra acertar as contas de mais essa burrada do jornalismo global.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Bolinhagate, o vídeo definitivo

Depois disso não sei porque o governo ainda não tirou da gaveta os papagaios da Globo referente a importação de equipamentos eletrônicos e empréstimos no BNDES (depois acho a matéria e posto aqui, é de 2002 quando Lula assumiu o poder), ou melhor ainda, abre processo para a cassação de concessão de sinal aberto, se quiserem contar mentira que o façam em canal fechado com gente pagando pra ver essas porcarias, que aliás é o que mais tem nesse canal.

Mas voltando a vaca fria, ou a bolinha fria, como queiram. Quem conhece um pouco de mainpulação de imagens sabe que em poucos frames pode-se forjar algo que não existe, realçar algo, em suma, fazer uma coisa parecer o que não é.

A globo, tadinha, passou a tarde inteira procurando alguma imagem que a agradasse, manipulou, criou a historinha, tudo para passar em horário nobre, com a voz empostada do casal Bonner e seu olhar recriminador.

Enquanto isso na internet, as imagens brutas, de celulares, cameras de TV de outras emissoras, mostravam aquilo que realmente aconteceu, uma farsa iniciada do nada para vitimizar um sujeito que não tem propostas, só mentira e calúnias.

Vamos ao vídeo:

Veja a revista Veja

Estou colocando o "Circo" a serviço da desmitificação e desmascaramento dessa rede de injúrias e difamações que vêm ocorrendo na disputa presidencial, acho que o brasileiro tem que ser respeitado em sua inteligência, apesar que os barões da grande imprensa acharem que todos tem doze anos de idade mental.

Abaixo uma série de capas de um passado não muito distante que mostram claramente, por "eles mesmos" quem é a turma de FHC:

Veja a Revista Veja. Pérolas da história. Role a página até o fim
e faça uma boa viagem.
Vamos relembrar o que fazia Serra e seus amiguinhos, revendo as capas da suja revista Veja na “Era FHC” .

Isso também é bom para certos leitores da revista Veja que simplesmente esqueceram o que saiu na própria Veja em outros tempos.

Casos de corrupção, dossiês, caixa dois, propinas, maracutaias etc. Confira as capas da Veja de 1995 a 2002 e tire as suas conclusões. Se você acredita nas histórias que esta revista conta hoje, deveria acreditar no que ela publicou nos anos anteriores.

Com a diferença de que nas eleições de 1994, 1998 e 2002, a revista não tentava influenciar eleições como está fazendo agora. Eles escondem o que já escreveram.

Mas reveja as denúncias e descubra quem são os verdadeiros mestres na arte da corrupção (coisa de alto nível):

17/02/1995


29/11/1995

21/05/1997

19/11/1997

06/05/1998


05/11/1997


18/11/1998 – Olha o José Serra aí…


02/09/1998


05/05/1999


25/11/1998


Só para relembrar: Mendonça de Barros é aquele assessor de Geraldo Alckmin que defende a privatização da Petrobrás, Correios etc, veja mais capas:

10/03/1999


21/01/1999


21/04/1999


09/06/1999

09/02/1999


28/04/1999


19/07/2000


05/04/2000


09/08/2000


20/09/2000


14/03/2001


02/05/2001


11/04/2001


16/05/2001


06/06/2001


29/05/2002


E agora, a Capa Campeã – um resumo das práticas dos privatas e tucaneiros com o patrimônio público:

09/05/2002


E agora, uma última pergunta:

E você sabe se alguma das pessoas citadas chegou a ser presa ou responde a processo pelos crimes que cometeu na Era FHC?