sábado, 15 de novembro de 2008
O Reizinho-Sol
Paes negociará compra de palacete na Praça Mauá
RIO - O prefeito eleito, Eduardo Paes, afirmou que vai procurar a Portus Instituto, proprietária do palacete localizado na Praça Mauá, para negociar a compra do imóvel onde pretende instalar o seu gabinete, como informa reportagem publicada neste sábado (acesso à íntegra somente para assinantes) . A revitalização da Zona Portuária do Rio pode começar em 2009 . O prefeito eleito Eduardo Paes e o presidente da Companhia Docas, Jorge Luiz de Mello, decidiram que os trabalhos vão começar pela Praça Mauá. Nesta sexta, o prefeito eleito e o presidente da Docas discutiram detalhes do processo de liberação dos prédios que hoje são motivo de briga judicial.
O Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) estima que o projeto para uma área de dois quilômetros quadrados não deve custar menos de R$ 7 bilhões, tomando por base o projeto implantado em Buenos Aires.
Segundo o presidente da Docas, que é dona da maioria dos imóveis da área, em caso de um prédio penhorado pela Justiça, a proposta é transferir a penhora para outro bem da companhia. Com isso, a empresa fica liberada para negociar os imóveis com a iniciativa privada ou a prefeitura. Mello explicou que a atividade portuária não será interrompida com a revitalização e não precisará mais de tantos galpões. Não está descartada, portanto, a demolição de alguns armazéns.
Leiam o restante aqui:http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/11/14/paes_negociara_compra_de_palacete_na_praca_maua-586413609.asp
Para saber mais sobre Luis XIV, o Rei Sol, que construiu Versailles e costumava dizer que "L'État c'est moi" (O Estado sou eu),leia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_XIV_de_Fran%C3%A7a
Só nos resta esperar pela queda da Bastilha.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Enquanto isso na ALERJ
Talvez não seja o caso de pensarmos apenas na impugnação do prefeito, creio que o governador, eleito pela mesma máquina política suja do ex-governador cassado, que fez uso dos mesmo meios ilícitos para se eleger, também tem que ser investigado, os indícios de irregularidades na saúde são graves, e a imprensa, sempre ela, se omite criminosamente porque o governo do estado é um bom anunciante, sem falar de outras coisas que rolam por baixo dos panos e ninguém sabe, pois o papel de imprensa hoje é vender governabilidade em vez de informar a população.
Leiam abaixo o dircurso proferido no plenário da ALERJ dia 06/11/08:
O SR. JOSÉ NADER – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhores funcionários em extinção nesta Casa legislativa, (Lendo) “A felicidade dos justos é o castigo dos ímpios. Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará. Não são assim os ímpios, mas são como a moinha que o vento espalha. Pelo que os ímpios não subsistirão no Juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá.”
Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero primeiramente agradecer ao Presidente Jorge Picciani por ter publicado os meus projetos, a criação da CPI da Saúde e, graças a Deus, ele deve ter lido o relatório que entreguei a ele e visto a gravidade do problema da saúde, o que o Secretário anda fazendo com a Secretaria, e com a anuência do Governador, apadrinhado pelo Sr. Governador Sérgio Cabral.
Eu tenho pedido a Deus que mude o meu vocabulário para que eu não ofenda mais o Governador, como ele fez com a classe médica quando chamou os médicos de vagabundos. Eu quero, mas eu não consigo, porque o que o governador faz com o povo do Estado do Rio de Janeiro não recomenda que nós o respeitemos.
Graças a Deus, em São Paulo prenderam uma quadrilha que fraudava a Saúde em R$ 100 milhões, aproximadamente. Será que essa quadrilha não está instalada no Rio de Janeiro, pela mão do Sr. Miguel Skin?
É para você, telespectador, pensar, porque essa quadrilha foi levantada, como diz o jornal O Dia, na Operação Parasita, operação feita pela Polícia Federal de São Paulo, que pegou várias empresas e, não foi para minha surpresa, estão instaladas no Rio de Janeiro. O Sr. César Romero, que comanda todas as ações da Saúde, pode explicar muito bem como essas empresas conseguem vender aqui na Secretaria de Saúde, tendo sido esse rombo instalado em São Paulo. E aqui no Rio de Janeiro essa máfia está também! O Secretário Sérgio Cortes tem que responder por que essa máfia está também no Rio de Janeiro, porque ele é que tem importado essas empresas de São Paulo para o Rio de Janeiro, haja vista a pregão eletrônico 036/2007, pelo qual compraram lancetas.
Para que o telespectador saiba o que é uma lanceta, eu gostaria que a TV Alerj mostrasse o que tenho na mão: isto é uma lanceta e isto aqui custou aos cofres públicos R$ 10 milhões. Foram compradas 21.722.160 lancetas, ao preço de R$ 0,41 cada. Em São Paulo, onde foi encontrada essa fraude, compraram também lancetas, mas foram 842.000, e não mais de 21 milhões como aconteceu no Rio de Janeiro. E tem outro ponto que quero mencionar: São Paulo pagou R$ 0,19 e foi descoberta a fraude. Aqui no Rio de Janeiro pagaram R$ 0,41, Deputado Coronel Jairo, e ainda não pegaram os ladrões!
Agora, um detalhe fundamental: a empresa que vendeu as 842.000 lancetas em São Paulo foi a mesma que vendeu 21.000.000 de lancetas no Rio de Janeiro a R$10 milhões, empresa apadrinhada pelo Sr. Sérgio Cortes. E a imprensa do Rio de Janeiro não publica, por que razão? Seriam os 100 milhões gastos em propaganda o motivo de a imprensa carioca não publicar?
A minha esperança está no Senhor Jesus, porque eu vou ver esses crápulas em cana antes de terminar esse governo.
No governo passado alguns foram presos, mas após o governo. Mas com essa nossa CPI vamos enfiar esses vagabundos na cadeia. É dessa forma que o governador trata a classe médica, porque é a classe médica que traz essas informações. Os funcionários da Saúde devem estar municiando este Deputado, que vos fala, de informações, porque as informações chegam ao meu gabinete.
Como vimos no pregão eletrônico, que se pensa que é a coisa mais segura que existe, que não tem fraude, mas vimos uma fraude no pregão eletrônico, esses dias, na televisão. E agora existem conversas por e-mail no pregão eletrônico e o próprio pregoeiro já deve estar instruído sobre quem vai ganhar, porque é inadmissível existirem seis empresas, num pregão eletrônico, como no caso das lancetas, em que cinco empresas foram desclassificadas e só ficou a de dez milhões. E o preço médio entre essas seis empresas varia de um milhão e meio a dois milhões. Por que essa empresa, com o mesmo produto, passou a dez milhões? Será que isso não acorda as autoridades? Será que esta Casa não quer ver esses ladrões presos? Será que vamos continuar nos dobrando para o Governo do Estado? Será que esta Casa vai continuar sendo o “curral” do Palácio Guanabara?
Mas quero dizer a você, telespectador, e ao meu eleitor que confiou em mim para eu estar aqui, que não sou vaca e não me dobro a esses vagabundos. É por isso que somos ameaçados de morte e temos que tomar nossas providências, pois não nos dobramos às coisas erradas desse governo.
E o governador não está nem aqui no Rio de Janeiro para se defender. Ele está sim, para gastar o dinheiro com propaganda, para pagar os meios de comunicação para que não saia nada publicado. Por que razão não publicam?
Sei que existem bons jornalistas, jornalistas sérios, mas os editoriais amarram todo esse jogo para não deixar você, povo do Rio de Janeiro, telespectador, saber dessas maracutaias existentes na Saúde. As UPAs são uma beleza, são bonitas, estão iluminadas, mas custam três milhões de reais.
Não sei como o jornalista, um corajoso, Fernando Molica, que disse que a UPA, segundo as informações do Siafem, custa três milhões de reais cada uma – e já temos mais de 20, num total de 60 milhões de reais. E o Hospital Getúlio Vargas, que V. Exa. Sr. Presidente, conhece bem porque é da Zona Oeste, morreu uma pessoa, agora, por falta de médico. E eles gastam três milhões de reais com UPA, para não ter médico. Isso é um absurdo!
Dinheiro para propaganda o governo tem, mas dinheiro para o remédio não tem, dinheiro para o aumento do funcionalismo não tem, mas para propaganda, para dizer que o Serginho é o melhor governador do mundo tem. E ele nem aqui está. Ele só sabe colocar os velhinhos para dançar e quem acaba dançando é o povo do Rio de Janeiro.
Não vejo um parlamentar reclamar que os hospitais não funcionam. Será que não funcionam? Será que só eu vejo isso? Isso é porque o Sr. Governador não precisa de um hospital público. O governador tem até helicóptero para pegar o cabeleireiro de sua esposa e levar a Itaguaí para pentear o cabelo dela para ir a uma solenidade. Quanto custa isso? Eu não vi ninguém publicar. Eu não vi nenhum jornal dar uma notinha. E não precisa dizer que é o Deputado José Nader que está falando, não. Vai checar as informações. Vai trabalhar o jornalismo com seriedade. Coloque as coisas certas nos jornais. Não fique combatendo os hospitais municipais, se esquecendo dos estaduais. Morre gente tanto no municipal quanto no estadual, mas no estadual os jornais não falam. Seria por causa dos cem milhões em propaganda que o governo está disponibilizando?
Agora, Sr. Presidente, quero agradecer ao presidente da Codert, porque eu recebi todas as informações, que ele me enviou, de um requerimento que enviei à Codert. Eu pude ver o salário do presidente da Codert. Eu não consigo entender como uma pessoa com um salário daqueles consegue viajar tanto para o exterior. Viaja mais para o exterior do que para sua cidade. Mas eu já pedi às companhias aéreas todos os extratos das viagens do presidente. Estou analisando a documentação, para falar com mais clareza para você, telespectador, entender tudo que acontece no Rio de Janeiro e chega aos meus ouvidos. Antes de trazer a esta tribuna, eu já chequei as informações. Eu não entendo por que esta Casa, agora, vai apurar esses casos. Nós vamos colocar na cadeia aqueles que têm que ir para a cadeia.
Muito obrigado, Sr. Presidente, e me perdoe pelo excesso dos minutos.
Quanto ao discurso, várias denúncias graves, se essa é a tônica dos pronunciamento na casa, isso quando não estão fazendo homenagens estéreis e distribuindo comendas de mérito duvidoso para pessoas idem, alguma coisa está muito errada, temos um governo de estado que tem uma atuação pífia, um governador boquirroto e mal-educado, e secretários que ou não dizem a que vieram ou tem uma atuação muito suspeita nas secretarias em que estão lotados.
Aliás, as casas legislativas, tando a ALERJ quanto a Camara dos Vereadores do Município do Rio de Janeiro, possuem galerias para que QUALQUER CIDADÃO possa acompanhar os trabalhos de plenário da casa, coisa que particularmente, muito dos deputados e vereadores odeiam que aconteça, eles tem medo de olhar nos olhos do povo, e ver as galerias com pessoas que não são a sua claque ensaiada, eles não querem platéia, do alto das galerias é possível observar seu comportamento, como conversam entre si, quem se relaciona com quem, é o momento em os conchavos são feitos e que o comportamento de cada um pode ser visto de microscópio.
E o fato de que nessa semana iriam acontecer sessões para discutir o orçamento da prefeitura para 2009, essas sessões foram tranferidas para o dia 17/11, dia da passeata do MPD, que sairá da frente da Câmara e retornará para ela, nesse mesmo dia o presidente do TCU estará na Casa para receber uma homenagem, será um bom momento para ele ver o quanto esses vereadores são bemquistos pela população carioca.
Proponho aqui, que após a passeata, de forma organizada e civilizada, tomemos as galerias para acompanhar silenciosamente como se dará essa discussão.
O silêncio, a nossa presença, e principalmente a consciência que temos do que etá sendo feito ali, é muito maior que se chegarmos lá aos berros com faixas e cartazes.
Que esses vereadores, muitos deles, não são dignos de confiança da população, todos nós sabemos, mas parafraseando João Saldanha quando perguntado sobre a índole de um determinado jogador ele respondeu: "não o quero para casar com a minha filha, mas para jogar bola".
Então sabemos o que eles são, mas eles terão que obedecer o que nós queremos, porque não só os conhecemos como também podemos fazer da vida dessas pessoas um inferno enquanto elas estiverem na posse de seus mandatos.
O MPD, não é formado por pessoas, é formado por consciências, qualquer um, dotado dessa consciência pode representá-lo, não existem líderes formais institucionalizados, mas uma idéia que os guia, a organização formal existe temporiamente para dirigir seus atos, mas sempre guiados por uma força maior que se chama justiça, que será feita nessa cidade, com as armas que temos, sem negociação e sem trégua.
E para os políticos, eles terão que aprender a trabalhar, e principalmente respeitar aqueles que pagam o salário deles, ou seja, todos nós.
sábado, 8 de novembro de 2008
O pior de todos os mundos
Vejamos as últimas indicações: o vice, Carlos Alberto Muniz, foi indicado para acumular a pasta do Meio Ambiente. A sua biografia oficial diz o seguinte:
O Globo – 05/11/08
Perfil
Carlos Alberto Muniz, de 64 anos, é economista especializado nas áreas de planejamento e consultoria. Começou sua trajetória política antes do golpe militar de 1964, quando participava do movimento estudantil como presidente do grêmio do Colégio Pedro II. Durante os chamados anos de chumbo, Muniz presidiu o DCE da Faculdade de Engenharia da então Universidade do Brasil (atual UFRJ).Com o Ato Institucional n° 5 e o recrudescimento do regime, fez parte da geração que resistiu ao que se convencionou chamar de "golpe dentro do golpe" e passou a viver na clandestinidade, ajudando a organizar a resistência à ditadura. Viveu em países como Argélia, França, Cuba e Chile. Na França, fez doutorado em Economia e Administração. Esse período conturbado fez com que ele não pudesse concluir a faculdade de Engenharia no Brasil.
Em 1976, Muniz retorna ao país mas vive na clandestinidade até 1979, quando foi assinado o decreto de anistia pelo então presidente João Figueiredo. Logo se filiou ao MDB, que depois passaria a se chamar PMDB, onde exerceu diversas funções e há muitos anos ocupa o cargo de secretário-geral do partido no Estado do Rio e integra o diretório nacional da legenda.
Nos anos 80, passou a atuar na iniciativa privada no segmento de planejamento e consultoria ambiental e acumulou duas passagens pelo poder público: dirigiu a Feema, entre 1987 e 1990, e comandou a Serla, na segunda metade do governo Marcello Alencar. Com o perfil de articulador político, Muniz foi escolhido para ser o candidato a vice na chapa do prefeito eleito Eduardo Paes.
Faltou aí esclarecer alguns pontos muito importantes: para quem gosta de lembrar o passado, é bom saber que ele teve atuação no MR-8. Tudo bem que isso seja passado, mas não é tão passado assim seu papel de TESOUREIRO na campanha de ANTHONY GAROTINHO, quando se descobriu que várias ONGs que contribuíam com a candidatura, na verdade eram ONGs que tinham contrato com o Estado, conforme a imprensa noticiou na época:
Vice de Paes foi o responsável por pré-campanha de Garotinho em 2006
O Globo-1/7/2008
O ex-deputado Eduardo Paes, candidato a prefeito do Rio por PMDB, PP, PSL, PTB, terá como vice de chapa o secretário-adjunto do PMDB no Rio, Carlos Alberto Muniz. A apresentação oficial do candidato será hoje. Muniz foi presidente da Feema de 1987 a 1990 e, desde então, é filiado ao PMDB.
Muniz foi responsável por reunir e divulgar os gastos da pré-campanha de Anthony Garotinho à Presidência da República em 2006. A divulgação acabou gerando uma investigação sobre os doadores de Garotinho. O caso ficou conhecido como o escândalo das ONGs.
Abaixo, mais detalhes sobre a passagem do Sr. Muniz como tesoureiro de campanha do PMDB:
http://www.clicabrasilia.com.br/impresso/noticia.php?IdNoticia=299116&edicao=1610
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidapublica/conteudo.phtml?id=557628
É bom lembrarmos que a secretaria de Meio Ambiente tem um papel muito importante na concessão de licenças ambientais para obras.Atualmente, o Sr. Muniz é uma figura bastante querida na Associação Comercial da Barra da Tijuca.
Sobre o designado comandante da GM, basta dizer que o povo de Niterói está aliviado por se ver livre do pior comandante da história do 12º Batalhão da PM. Basta consultar as mais recentes estatísticas da criminalidade do outro lado da poça. Leia também, no link abaixo, as opiniões sobre a atuação do coronel no policiamento de Niterói.
Do Blog Casos de Polícia
http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/post.asp?t=coronel_sera_comandante_da_guarda_municipal&cod_Post=137609&a=443
Enviado por Paulo Carvalho -
3.11.2008
| 10h58m
convite aceito
Coronel será comandante da Guarda Municipal
Ao ser anunciado como novo secretário da futura Secretaria da Ordem Pública, criada pelo prefeito eleito Eduardo Paes, Rodrigo Bethlem aproveitou para fazer o convite a quem ele quer que seja o novo coordenador da Guarda Municipal. Trata-se do atual comandante do 12º BPM (Niterói), o tenente-coronel Ricardo Pacheco. Oficialmente ele ainda não foi anunciado. Fontes do novo governo, entretanto, garantem que ele já teria aceito. Pacheco e Bethlem se conheceram quando o oficial era o comandante do 19º BPM (Copacabana) e o segundo coordenava o projeto Copabacana, na Zona Sul. Foi de lá que surgiu a confiança depositada um no outro.
Sobre Jandira Feghali, será que é preciso dizer algo mais? Suas primeiras declarações com relação à revisão das APACs revelaram tal voracidade que ela foi repreendida até pelo possível futuro chefe. Além disso, sabemos que a tal “cota do Pcdo B” no governo Paes não passa de acerto decorrente da confusão do PAN, na qual estão todos “juntos, amarrados e misturados”.
Contrariando secretária
Eduardo Paes diz que Apacs vão ser mantidas como estão
O Globo - 07/11/2008
RIO - O prefeito eleito, Eduardo Paes, disse na tarde desta sexta-feira, que as Áreas de Preservação ao Ambiente Cultural (Apacs) que já existem vão ser mantidas como estão, ao contrário do que havia dito na véspera a médica Jandira Feghali, nomeada para assumir em janeiro a Secretaria municipal de Cultura . Feghali, ao ter seu nome anunciado pelo futuro prefeito, disse que uma de suas prioridades era rever as Apacs para corrigir distorções.
Segundo Paes, houve um equívoco de interpretação:
- O que Jandira disse é que as novas Apacs poderão sofrer alterações conceituais.
Mais cedo, o futuro secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, também afirmou que não haveria revisão das Apacs. A declaração de Pedro Paulo foi feita após o anúncio de Cláudia Costin para a secretaria de Educação. Na quinta-feira, Paes havia dito que a futura secretária teria liberdade para discutir as Apacs e levar seus pleitos a ele.
Após ser anunciada como secretária de Cultura, Jandira Feghali afirmou que todas as Apacs (são 27, segundo a prefeitura) têm problemas. Segundo ela, será feito um levantamento para avaliar que áreas teriam que sofrer modificações:
- Todos os bairros têm problemas. Basta ver na Zona Sul o que isso significa.Tem prédio que não tem relação com patrimônio histórico, cultural ou arquitetônico e as pessoas não podem modificar, colocar elevador ou vender. Vamos rever as Apacs dentro do Plano Diretor, que tem dez anos e precisa ser revisto.
Jandira disse que terá urbanistas e arquitetos para tratar das Apacs, como informa reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal O Globo.
E o que dizer da nomeação de Fernando William para a assistência social? Deputado que começou a vida no PDT de Brizola, passou pelo PSB e hoje está no obscuro PMN. Consta em sua biografia a façanha ter passado pelos governo Garotinho, Rosinha e Cabral, e como se não bastasse essa folha corrida, foi um dos coordenadores da “campanha” de Eduardo Paes. O que se pode esperar daí?
Mais detalhes aqui: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2008/11/07/ult5772u1435.jhtm
Mas a cereja do bolo desta semana fica por conta do anúncio do nome indicado para a Secretaria de Educação, a mais importante da Prefeitura, já que abriga a maior rede de ensino público municipal da América Latina, formada por 1.058 escolas, 245 creches, 753 mil alunos do 1º e 2º segmento do ensino fundamental, na qual atuam 46288 profissionais, entre professores e funcionários.
Quem é afinal, Claudia Maria Costin? Bem, comecemos dizendo quem ela NÃO é. Nunca viveu no Rio de Janeiro, logo, não conhece a realidade do município. Não é nem nunca foi professora de ensino fundamental, logo, não conhece a realidade do segmento de ensino atendido pela prefeitura.
Na verdade, trata-se de uma administradora. Foi secretária estadual da cultura de São Paulo no governo de Geraldo Alckmin e ministra da Administração Federal e Reforma do Estado no governo Fernando Henrique Cardoso.É atualmente vice-presidente da Fundação Victor Civita, cargo que está deixando para assumir a SME.
No governo FHC, Costin notabilizou-se por ser uma das molas-mestras do desmanche da máquina pública. Antes de ser ministra, era secretária-geral do ministério, na gestão Bresser Pereira. Sim, trata-se de um legítima representante dos anos de chumbo da privataria do governo FHC. Quais as intenções de Paes ao designar essa pessoa para a mais “dispendiosa” das Secretarias municipais? Acho que não precisamos pensar muito para responder a essa pergunta.
A talvez futura secretária já começou fazendo duas declarações equivocadas. A de que as escolas terão Coordenação Pedagógica (o que já existe, mas ela não sabe) e dizer que as escolas precisam de livros (nesse ponto, as escolas municipais estão muito bem abastecidas. O que há é falta de pessoal). Não é preciso pensar muito para ver o dedo da Editora Abril querendo beliscar algum lucrativo contrato com a prefeitura do Rio.
Bom, eu não vou me estender muito aqui. Ouçam Claudia Costin dizendo que a Fundação Victor Civita foi sua escola sobre educação. Depois, leiam a matéria do Dia, e leiam também os links a baixo:
08/11/2008 03:10:00 - O Dia On line
Educação: reprovação só ao fim do ciclo continua
Paes não acabará com sistema atual de avaliação de alunos. Futura secretária da área é ex-ministra e quer investir em cursos para professores
Carol Medeiros e Pedro Landim
Rio - A promessa de revogação do sistema de aprovação automática nas escolas, feita na campanha pelo prefeito eleito Eduardo Paes (PMDB), pareceu cair por terra ontem, nas palavras da nova secretária de Educação, a professora e ex-ministra Cláudia Costin, apresentada na Fundação Getúlio Vargas (FGV). O processo de avaliação contínua, em ciclos — conhecido pejorativamente como aprovação automática —, permanecerá. Porém, com o diferencial do investimento no reforço para os alunos.
"O sistema de ciclos virou sinônimo de aprovação automática pela forma com que foi feito no Rio, sem investimentos em professores e no reforço escolar. Faremos isso, com prioridade para o primeiro ano", disse Cláudia, referindo-se ao início do primeiro ciclo, faixa dos 6 anos, equivalente à antiga classe de alfabetização. "É inaceitável ver crianças aos 10 anos sem alfabetização. Daremos condições para que aprendam, e há caminhos no orçamento", disse.
A outra ponta do investimento, apontada por Cláudia como fundamental, é a capacitação dos professores, que pode ser feita em parceria com universidades. "Eles são as peças-chaves e terão cursos o ano inteiro", afirmou.
Especialistas avaliam que, para o êxito da avaliação continuada e o acompanhamento do reforço escolar, é preciso contratar professores com maior jornada de trabalho. "A avaliação em ciclos precisa de investimentos em professores e aumento da carga horária, que é irrisória", disse Bertha Reis, professora de Políticas Públicas em Educação da Uerj.
"O reforço proposto é incompatível com o número de professores. Há salas superlotadas e carência de profissionais", diz Danilo Serafim, coordenador-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). Ele informa que a média é de 40 alunos por sala. Com 1.200 escolas e 700 mil alunos, o Rio tem 30 mil professores. A contratação de mestres foi promessa de campanha.
"Teremos um ano fiscal difícil, mas Educação é prioridade e urgência", afirmou Cláudia, ex-secretária estadual de Cultura em São Paulo, entre 2003 e 2005 e ex-ministra de Administração Pública e Reforma do Estado, entre 1998 e 1999, no governo FHC.
O passado de Costin:
Ameaças de morte: http://veja.abril.com.br/010798/p_048.html
O pecadilho de Costin
Secretária da Administração recebe R$ 63 mil do Plano de Demissão Voluntária do Serpro e continua na folha salarial do serviço público
http://epoca.globo.com/edic/19990412/brasil3.htm
Costin e as PPPs: http://humbertocapellari.wordpress.com/2006/11/29/saiba-tudo-sobre-os-ricos-e-famosos/
UPDATE: Formação de quadrilha consumada, pessoal ! A última do Informe do O Dia:
08/11/2008 03:30:00
Informe do DIA: Chiquinho da Mangueira no Esporte
Fernando Molica
Rio - O deputado estadual Chiquinho da Mangueira, do PMDB, é o mais forte candidato para assumir a Secretaria Municipal de Esporte. Ele irá para o governo Paes abençoado por Sérgio Cabral e pelo presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani.
Em 2003, Chiquinho, secretário de Esportes de Rosinha Garotinho, foi acusado pelo então comandante do 4º. Batalhão da PM, tenente-coronel Erir da Costa Filho, de ter solicitado uma "trégua" nas ações policiais na Mangueira para não atrapalhar o tráfico.
A NEGATIVA
Na época, Chiquinho disse ter pedido apenas que as operações não fossem feitas nos horários de entrada e saída de escolas. O oficial foi exonerado do comando do batalhão.
Resumindo:reúne-se aí, portanto, o pior de todos os mundos: o fisiologismo do PC do B, o pior do PMDB de Garotinho, o pior dos governos Maia e o pior do governo FHC. Resta saber se o Rio de Janeiro sobreviverá.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
É possível fraudar eleições no Brasil?
Do site da Câmara Federal
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, nesta terça-feira, a realização de audiência pública para ouvir técnicos em informática sobre mecanismos de proteção às urnas eletrônicas usadas no País. A CCJ também pretende convidar, para uma segunda audiência, representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da Câmara, do Senado e da Procuradoria-Geral da República, com o objetivo de discutir medidas de combate às fraudes em eleições.
Segundo o deputado Gerson Peres (PP-PA), que sugeriu os debates, em algumas cidades as denúncias de irregularidades no pleito de outubro foram tantas que as eleições municipais serão realizadas novamente. Ele destacou que, no primeiro turno, foram detectados mecanismos que prejudicaram o funcionamento das urnas eletrônicas.
Gerson Peres ressaltou que alguns problemas das urnas não podem mais ser aceitos. "Uma urna que não confere a contagem de votos e não certifica o meu voto fere a Constituição Federal, porque priva o cidadão de ter o conhecimento exato de onde está o seu voto", disse.
O deputado lembrou que esse assunto tem ganhado cada vez mais importância nos debates e projetos apresentados na Câmara. As datas das duas audiências ainda não foram marcadas.
Leia mais aqui:
Reflexões sobre a confiabilidade da urna
eletrônica
http://blog.ertech.com.br/2008/03/20/reflexoes-sobre-a-confiabilidade-da-urna-eletronica/
E assista ao vídeo:
Muito mais do mesmo
O Globo - 05/11/08 -RIO - O futuro secretário municipal de Transportes será o engenheiro Alexandre Sansão Fontes, de 38 anos. O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo prefeito eleito Eduardo Paes (PMDB). Casado e pai de uma filha, Fontes é funcionário de carreira da prefeitura do Rio e mestre em planejamento de transportes pela Coppe/UFRJ.
O futuro secretário está há 12 anos na prefeitura do Rio, onde ocupa a função de Coordenador de Inteligência da CET-Rio. Tem perfil técnico, contrariando o que dissera Eduardo Paes no fim de semana. Paes afirmara que pensava em um nome mais político para ocupar a pasta, diante dos desafios das negociações com empresários das empresas de transporte.
Agora, vejam o que pensa esse senhor:
Futuro secretário municipal de Transportes admite crescimento da frota de vans
RIO - O futuro secretário municipal de Transportes, engenheiro Alexandre Sansão Fontes, de 38 anos, apresentado nesta terça pelo prefeito eleito, Eduardo Paes , admitiu, em entrevista na Fundação Getúlio Vargas, que o número de Kombis e vans autorizadas a fazer transporte de passageiros no Rio - hoje cerca de 5.500 - pode aumentar, dependendo de estudos a serem feitos.
Bem, até as pedras portuguesas do calçamento do Largo da Carioca sabem quem está por trás dessas vans e kombis que circulam pela cidade, portanto, os milicianos estão rindo à toa.
Outra indicação do continuísmo:
Paes confirma Ruy César na sua equipe de governo
O Globo- Plantão | Publicada em 05/11/2008 às 10h27m
Cláudio Motta
RIO - O prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes, confirmou na manhã desta quarta-feira que Ruy César, que foi secretário municipal para o Pan de 2007, vai comandar a secretaria especial para cuidar do projeto Rio 2016, com vistas aos Jogos Olímpicos, como Ancelmo Goes antecipou na sua coluna de hoje no GLOBO.
Olhem, isso aí é ainda mais grave. Esse secretário, além de pertencer à Adminstração Maia desde priscas eras, tem um histórico de irregularidades sem precedentes. Existe contra ele até processo na DRACO. Isso sem falar das falcatruas do PAN, das quais o Pequeno Ditador foi ator importante.
Seguem abaixo dois links esclarecedores:
http://www.terra.com.br/istoe/1796/brasil/1796_gafanhotos_rio_01.htm
http://alertatotal.blogspot.com/2006/01/justia-autoriza-devassa-em.html
Alguns trechos do que vocês lerão nos links:
"No foco das atenções – já que é um dos pilares da organização dos Jogos Pan-Americanos no Rio, que acontecerão em 2007 – Ruy Cezar também é alvo de investigação do Tribunal de Contas do Município, cujo Relatório de Inspeção Ordinária constata contradições em contratos da Secretaria."
"Contratos sem licitação em valores que chegam a R$ 8 milhões e 300 mil levaram a 30ª Vara Criminal do Rio autorizar a quebra do sigilo fiscal e financeiro do secretário especial dos Jogos Pan-Americanos, Ruy Cezar Miranda Reis, e de mais 12 pessoas.
Todos são indiciados por crime contra a Lei 8.666 (Lei de Licitações). Alguns, com exceção de Ruy, são suspeitos de formação de quadrilha e sonegação fiscal.
Um inquérito de 862 folhas, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), investiga a existência de esquema de uso de verbas da prefeitura para pagamento de "empregados-fantasma" em sete Vilas Olímpicas, além do Centro Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio."
Um verdadeiro Estadista
E a roda segue girando
04/11/2008 - 22h53
Justiça cassa mandato de Ivo Cassol e marca novas eleições para o governo de RO
da Folha Online
O TRE-RO (Tribunal Regional Eleitoral) de Rondônia cassou nesta terça-feira o diploma do governador de Rondônia, Ivo Cassol (afastado do PPS e atualmente sem partido), por abuso de poder e compra de votos durante as eleições de 2006. Na mesma sessão, o tribunal cancelou a eleição em que Cassol foi reeleito e marcou para 14 de dezembro uma nova eleição para o governo do Estado.
Na ação julgada hoje --proposta pelo Ministério Público Eleitoral-- o TRE também decidiu pela cassação do diploma do senador Expedito Gonçalves Ferreira Júnior (PR-RO) pelo mesmo motivo. Esta é a terceira cassação do parlamentar.
De acordo com a acusação, o senador integraria de um esquema de contratação de funcionários de uma empresa, às vésperas do primeiro turno das eleições de 2006, para trabalhar como "formiguinhas" --nome dado a cabos eleitorais--, o que caracterizaria a compra de votos.
A suposta existência de um esquema de compra de votos nas eleições de 2006 foi investigada pela Polícia Federal. O inquérito se transformou em ação que levou à cassação de Expedito Júnior pelo TRE-RO.
Segundo a relatora do processo, desembargadora Ivanira Feitosa Borges, "sobejam provas que os representados, principalmente Expedito Junior e Ivo Cassol, estiveram envolvidos na captação ilícita de sufrágio e demais atos desta decorrentes".
A relatora afirma ainda que o "governador usou a máquina administrativa pública para tentar ocultar a compra de votos que o beneficiou em conjunto com Expedito Junior" e outros dois candidatos a deputado que integrariam o mesmo grupo político.
A defesa dos envolvidos ainda pode recorrer da decisão. Por meio de sua assessoria, Cassol afirmou que já esperava a decisão de cassação, mas que nunca usou expediente de compra de votos. De acordo com a assessoria, o governador vai recorrer da decisão no TSE.
A reportagem não localizou Expedito na noite desta terça-feira para comentar a decisão.
Terceira Cassação
Esta é a terceira vez que o TRE-RO cassa o mandato de Expedito Júnior --todas pelo mesmo esquema de compra de votos. A primeira foi em 2007, quando também foi cassado por compra de votos às vésperas das eleições de 2006, mas recorreu ao TSE e conseguiu decisão a seu favor.
A segunda cassação foi em 19 de agosto deste ano por abuso de poder econômico e compra de votos às vésperas das eleições de 2006. A ação de cassação do mandato de Expedito foi interposta por Acir Gurgacz (PDT), segundo colocado nas eleições ao Senado por Rondônia.
A decisão de agosto tinha efeito imediato tanto para Expedito, como para os seus suplentes Elcide Alberto Lanzarin e Jabis Emerick Dutra. Além disso, a medida os tornou inelegíveis para as eleições nos próximos três anos (subseqüentes à eleição de 2006) e ao pagamento de multa no valor de 40 mil Ufirs (R$ 42 mil aproximadamente).
Na ocasião, Expedido negou as acusações e afirmou que apresentaria "as provas cabíveis" para comprovar sua inocência.
Expedito recorreu ao TSE, que em setembro manteve a cassação do senador. Mas deixou para o Senado decidir, em última instância, pela cassação ou não do parlamentar. Ainda em setembro, a Mesa Diretora do Senado decidiu manter o mandato do senador até que o processo contra o parlamentar tramite em todas as instâncias do Poder Judiciário.
Com RACHEL AÑÓN, da Agência Folha
Mais detalhes aqui:
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/162334/cassacao-tre-cassa-diploma-de-governador-e-de-senador-de-rondonia-e-determina-realizacao-de-nova-eleicao-em-14-de-dezembro
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL850112-5601,00-JUSTICA+ELEITORAL+CASSA+GOVERNADOR+E+VICE+DE+RONDONIA+E+MARCA+NOVA+ELEICAO.html
terça-feira, 4 de novembro de 2008
A Roda está girando
http://www.meionorte.com/piaui,barras,122-prefeitos-eleitos-podem-ser-cassados,61983.html
122 prefeitos eleitos podem ser cassados
122 prefeitos eleitos que têm ações contra sua diplomação e pedidos de cassação de mandatos
Socorro Carcará Correspondente de Barras
Nas Zonas Eleitorais no interior do Piauí, 122 prefeitos eleitos, de todos os partidos, respondem ações, impetradas pelos candidatos derrotados e pelo Ministério Público, ações de cassação dos diplomas e pedidos de cassação de seus mandatos.
São denúncias por compra de votos, captação ilegal de votos, que são a mesma coisa, transporte irregular de eleitores, propaganda de boca-de-urna, e por abuso do poder político e econômico.
O procurador regional eleitoral, Marco Túlio Caminha Lustosa, disse que o Ministério Público nunca recebeu tantas denúncias de compra de votos no Piauí como nestas eleições. Segundo ele, isso ocorreu devido ao acirramento da disputa eleitoral nos municípios e da intensa fiscalização do órgão e das polícias. "Alguns dos que venceram a disputa nas urnas já eram gestores e concorriam ao segundo mandato. O Ministério Público Eleitoral vai apurar as denúncias de que eles teriam usado a máquina pública para a compra de votos", falou Marco Túlio Lustosa.
Caso a compra de votos por eleitos seja comprovada na Justiça Eleitoral, eles não poderão ser diplomados no dia 18 de outubro.
O procurador disse que a fiscalização por órgãos independentes influenciou o questionamento de candidatos eleitos e seus método de conquista de mandato. "Todas as práticas ilícitas serão apuradas", falou Marco Túlio.
Por Efrém Ribeiro
http://jc.uol.com.br/2008/10/15/not_182344.php
Recursos
Prefeitos eleitos de três municípios do Amazonas podem não assumir
Publicado em 15.10.2008, às 22h46
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2008/interna/0,,OI3288204-EI11830,00-Padua+e+Bom+Jesus+terao+nova+eleicao+para+prefeito.html
Terça, 28 de outubro de 2008, 02h42
Pádua e Bom Jesus terão nova eleição para prefeito
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) já está com esquema todo preparado para realizar novas eleições para prefeito em Santo Antônio de Pádua e em Bom Jesus de Itabapoana. Os eleitores das duas cidades terão que voltar às urnas porque os votos anulados pela Justiça Eleitoral - dos candidatos a prefeito cujos registros haviam sido indeferidos - foram maiores do que 50%
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/153897/tse-ainda-tem-1-2-mil-processos-para-julgar
TSE ainda tem 1,2 mil processos para julgar
Fonte: Correio Forense
27 de Outubro de 2008
Mesmo com as eleições terminadas ontem (26), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda tem uma série de recursos para julgar. Segundo estimativa divulgada pelo presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, em coletiva terminada agora há pouco, faltam ser apreciados aproximadamente 1,2 mil processos relativos a registros de candidaturas de prefeitos e vereadores. A corte eleitoral recebeu mais de 6 mil reclamações desde o início das eleições - o dobro do que ocorreu em 2004.
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/10/15/materia.2008-10-15.0139793056/view
Prefeitos eleitos de três municípios do Amazonas correm o risco de não assumir o cargo
Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Os prefeitos eleitos no último dia 5 de outubro em Autazes, Parintins e Tefé, no Amazonas, poderão não assumir a chefia do Executivo Municipal dessas cidades no dia 1º de janeiro de 2009. Isso pode ocorrer caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgue procedentes os recursos, apresentados pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que tratam do registro de candidatos considerados inelegíveis, com base na legislação eleitoral.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u459593.shtml
23/10/2008 - 20h23
TRE-RJ nega diplomação a prefeito eleito de Barra Mansa
da Folha Online
O TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro rejeitou recurso apresentado pela "Coligação do Bem" --formado pelo PMDB, PTC, PSL, PSDC, PRTB, PMN e PSB-- e cassou nesta quinta-feira o direito à diplomação do prefeito eleito de Barra Mansa, José Renato Bruno Carvalho (PMDB).
O peemedebista é acusado de usar imagem do governador Sérgio Cabral (PMDB) dentro do Palácio da Guanabara, sede do governo fluminense, no horário eleitoral gratuito. No programa, Cabral teria comentado a inauguração de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Barra Mansa e pedido votos para Carvalho.
http://www.onorte.com.br/noticias/?90323
Tavinho Santos pede suspensão da diplomação de eleitos
Quinta, 16 de Outubro de 2008 08h04
O vereador Tavinho Santos (PTB) defendeu nesta quarta-feira, dia 15, que o Tribunal Regional Eleitoral na Paraíba (TRE) suspenda a diplomação dos vereadores eleitos no último pleito, até que a Polícia Federal conclua o inquérito de apuração do suposto esquema de compra de votos na Capital.
Para Tavinho Santos, que não conseguiu a reeleição, o ideal é que o Tribunal aguarde o resultado das investigações em curso pela Polícia Federal, porque todos ou quase todos os eleitos estão sob suspeita", completou Tavinho.
http://www.guiadigital.info/index.php?not=1&pesq_not=1&mostra=7392
Liminar barra diplomação de vereador eleito em Passo Fundo
Data:22/10/2008 - 11:59
Cidade:Regional
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/154454/candidaturas-sub-judice-serao-priorizadas-no-tse/relacionadas
Candidaturas subjudice serão prioridade do TSE
http://www.tudoagora.com.br/noticia/9187/ELEI%C3%87OES---TSE-confirma-impugnacao-de-candidato-em-Ananas.html
ELEIÇÕES - TSE confirma impugnação de candidato em Ananás
11/10/2008 - 17:44:57 - G1
http://www.opovo.com.br/politica/831151.html
Julgamento
Candidato com processo pendente corre risco de não assumir, diz presidente do TSE
Até o dia 19 de dezembro, data da diplomação dos prefeitos eleitos, todos os cerca de mil processos pendentes terão um veredicto
25 Out 2008 - 20h38min
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, disse neste sábado, 25, que até o dia 19 de dezembro, data da diplomação dos prefeitos eleitos, todos os cerca de mil processos pendentes terão um veredicto.
Questionado sobre a possibilidade de um candidato com processo pendente de julgamento vencer o pleito e ter a candidatura ou registro impugnados, ele afirmou que esse é um risco que o candidato corre, mas disse que ele tem o direito de concorrer.
"Candidato que tem a candidatura impugnada e o registro indeferido, porém com recursos pendente de julgamento, tem o direito de ter seu nome na urna e ser votado. Quem recorre de uma decisão de recusa de registro se expõe a esse tipo de risco", afirmou.
Ayres Britto explicou que várias possibilidades podem ocorrer num caso como este, desde um terceiro turno entre o segundo e o terceiro candidatos mais votados até o segundo colocado assumir o cargo.
Um dos casos pendentes é o do candidato à prefeitura de Londrina (PR) pelo PP, Antônio Belinati, que teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do município. Ele disputa o segundo turno com Luís Carlos Hauly, do PSDB.
Agência Brasil
sábado, 1 de novembro de 2008
O Pequeno Ditador
Meus comentários sobre cada parte do diálogo estarão em itálico para não serem confundidos (se é que é possível) com as decalrações do candidato eleito.
O Globo (30/10/08)
O GLOBO:O senhor foi eleito com três discursos: saúde, união com os governos federal e estadual e ordem urbana. O secretário de Saúde já foi nomeado, e o senhor se encontrou com o presidente Lula. Mas qual é a área da cidade que será prioridade na questão da ordem urbana?
Eduardo Paes: Toda a cidade. Se você for acompanhar meus primeiros dois anos como subprefeito, eu acho que não ergui nada, só derrubei. Foram dois anos de muita ação. Era uma coisa que precisava na Barra: choque de ordem. É um pouco a situação em que se encontra toda a cidade hoje. Então, vamos agir. Claro que há áreas da cidade que se impactam mais com essa desordem. A Tijuca é uma área que é mal cuidada, e a desordem faz com que você tenha ali pico de violência maior que a média da cidade. Vamos trabalhar integrados com a Secretaria de Segurança. A área do pequeno delito é propícia para o grande. Quem se iludiu achando que eu estava falando de desordem por falar para os mais pobres se equivocou. Os que não votaram e os que votaram (em mim) também pensando nisso. Quero fazer com que a prefeitura preste serviço de qualidade para os mais pobres. Agora não acho que os mais pobres estejam vinculados à desordem. Quem achou que eu estava fazendo discurso demagógico para os mais pobres, nessa coisa da permissividade com ilegalidade, se iludiu.
Não, imagina, mais demagógico impossível, suas ações demolidoras na Barra, poderiam ser chamadas de terra arrasada, porque onde ele passou o trator subiram shoppings e condomínios onde deveriam ter sido mantidas as áreas desocupadas como forma de preservação ambiental, suas ações na Barra beneficiaram as construtoras, que devem agradecer regiamente aos serviços prestados de remoção de favelas para construção civil.
O GLOBO:A ordem pública será a marca da sua gestão?
Paes: Vai ser uma das marcas, certamente.
Sei, outra frase demagógica, quer ordem pública, beleza, sobe o morro pra botar ordem na favela, vai nos restaurantes grã-finos do Leblon onde ele diz que costuma ir, pra tirar as mesas da calçada... contra outra.
O GLOBO:O senhor viu a primeira página do GLOBO com as suas promessas, no dia seguinte à eleição? Pretende cumprir todas as promessas de campanha?
Paes: Sem dúvida. As promessas que assumi, sim. Eu nunca disse que só nomearia servidores. Quando fui secretário de Meio Ambiente, 95% dos cargos foram ocupados por servidores públicos. Acho que é o ideal. Mas em nenhum momento neguei a política. Quem fez isso foi o Gabeira. Ele que dizia isso. Eu quero privilegiar os servidores públicos, mas quero ter a oportunidade de ter secretários políticos. Até porque cheguei onde cheguei ocupando funções assim. Acho que a política bem feita, de maneira adequada, ela é possível. Pega a lista (das promessas, publicada pelo GLOBO, diz a um assessor) lá. Eu assumo todos os compromissos que assumi e falei durante a campanha, e vou cumprir. Eu vou colocar preso na minha parede (promessas publicadas pelo GLOBO). Claro que obstáculos terão que ser enfrentados. Vamos licitar as linhas de ônibus. Aí o Poder Judiciário dá uma liminar, a gente supera, cassa a liminar. Estou falando de problemas que podemos ter, mas vamos enfrentar.
Isso de longe é a parte mais contraditória do seu discurso, até agora ele só nomeou dois amigos, um médico de passado não muito abonador e um tecnocrata do governo Maia, isso é muito pouco
O GLOBO:O senhor vai ter indicações dos partidos aliados para cargos...
Paes: A escolha do meu secretariado é minha, de mais ninguém. Posso conversar, ouvir opiniões, sugestões, mas a escolha é minha. Agora, eu pretendo governar com um arco de alianças. Pretendo conversar com o PT, o PSB, o PCdoB. Há áreas que acho que devem ser essencialmente técnicas, não devem ter políticos: Fazenda, Saúde, Educação, são áreas em que botar político não é bom.
Olha o totalitarismo aí gente! A frase "posso conversar mas eu decido" quer dizer que se a idéia for boa ele é que decidiu se era boa, se a passoa for boa ele que decide que é boa, não há consenso, não há discussão, é o discurso da primeira pessoa marcando uma personalidade em busca de auto-afirmação.
O GLOBO:O senhor tem um técnico na Saúde, tem dito que na Fazenda e na Educação vão ser técnicos, e Obras. Seriam só essas ou vai ter mais alguma? Administração? Transporte?
Paes: Não sei. Às vezes até no Transporte você precisa de alguma mais articulada do que técnica por causa dos desafios ali. No transporte, penso num nome mais... Eu adoraria um Eduardo Paes para ser secretário de Transportes, que minha modéstia não me deixe errar.
Modéstia desse rapaz, mas uma característica do egocentrismo de quem se acha mais do que é, quer acumular os cargos, ou sabe que a secretaria de transporte é uma das jóias da coroa e que a difícil negociação da licitação das novas linhas pode ser "amaciada" com uma boa conversa aqui, uma ajuda de campanha ali.
O cara pensa pequeno mesmo, é prefeito, mas queria ser secretário de transporte pra entrar na mamata.
O GLOBO:Urbanismo?
Paes: Técnico. Ali não tem como.
Urbanismo tem a ver com ordem urbana, quer dizer, retirar favelas, arrumar as ruas, podar árvores, consertar calçadas fazer aquilo que é mais aparente para a população e o que ela primeiro reclama, é o secretário que tem que trabalhar mais na prefeitura, e pelo visto nenhum amigo dele quis pegar essa rabuda, nem o Crivella quis, ou queria e foi desautorizado pelo pequeno ditador.
O GLOBO:Então seriam essas: Saúde, Administração, Obras, Urbanismo e Fazenda?
Paes: É. No transporte, o cara tem que ter capacidade de articulação, lidar com empresários de ônibus. A implantação do bilhete único prevê articulação, vai ter que lidar com transporte alternativo, com taxista. Ali pode ser que eu prefira um com perfil, que cerque de técnicos.
De novo a fixação pelo transporte, ele quer colocar ali alguém que não dê um pio sem antes passar para ele tudo o que está acontecendo, o problema é achar alguém que entenda de sistema de transportes e sirva de capacho para ele.
O GLOBO:A impressão é que o governador Sérgio Cabral teve uma influência nas suas escolhas na primeira semana...
Paes: Tem certas inseguranças que eu não tenho na vida. Vou trabalhar muito com o governador. Mas, pela minha personalidade, que não é das mais frágeis, está claro que eu não sou um sujeito tutelável, e nem o Sérgio tem esta vontade de tutelar. Agora, que você vai ter um compromisso meu que o secretário de Saúde se dê bem com o do estado, não tenha dúvida que isso vai funcionar. Se tiver de brigar, se tranca numa sala. O primeiro secretário meu que brigar publicamente com secretário estadual ou ministro vai ser demitido.
Nossa, como ele revelou sua fragilidade aí, o cara passou 16 anos debaixo da asa do César Maia, tutelado por ele recebendo ordens dele, era tão dependente de ordens que se cercou de um grupo de pessoas, e que estão com ele hoje, que não deixava ninguém falar com ele, só recebia ordens de cima, se tornou tão inacessível que os moradores da Barra o odeiam, tanto é que ele tomou duas surras seguidas nas urnas na Barra e Recreio, quem o conhece não confia.
E outra coisa, o ego, de novo abriu a fresta por onde se enxerga uma pessoa insegura, quem é não fica falando, "eu sou isso, eu sou aquilo", suas atitudes falam por si, mas como disse antes, quem passou a vida toda servindo de capacho não chega nunca a tapete persa.
O GLOBO:Na implantação do bilhete único, as empresas de ônibus não terão mesmo subsídio?
Paes: O bilhete único sem subsídio foi uma coisa que manifestei como desejo e que acabou sendo tratada como certeza. Se isso acontecer, as empresas vão ter de enfrentar isso. Mas há coisas que não dá para garantir agora. Alguém aqui conhece as planilhas de custo das empresas? Eu ainda não tenho acesso às planilhas para saber detalhes do cálculo da tarifa. Se o custo para o usuário ficar muito alto, será uma coisa que teremos que decidir. A idéia seria manter a tarifa do ônibus a R$ 2,10, mas pode aumentar um pouco com a integração dos modais. Mas eu me comprometo: a planilha será pública.
Ahn, deixe-me ver, eu já li isso antes, "compromissos são diferentes de idéias", quem falou foi o ex-chefe dele, o Maia.
Não sou surdo nem louco, daqui a pouco no Youtube a gravação dele dizendo que o bilhete único não teria subsídio estará rodando pela internet, o Gabeira foi incisivo, perguntou diretamente, e mais de uma vez nos debates, se o bilhete único teria subsídio, e ele repetiu enfaticamente que não.
A passagem de ônibus do Rio de Janeiro é uma das mais caras do país, as empresas de ônibus ganham bastante para colocar carros velhos e capengas nas ruas, dirigidos por motoristas cansados, mal treinados e muitas vezes obrigados a fazer também o papel de trocador.
Como disse antes, ele trata a questão de transportes com mais interesse que a própria prefeitura, é o complexo de capacho que eu falei antes.
AGORA, A MATÉRIA DO JB:
Paes anuncia R$ 200 milhões para o Rio ainda este ano
Marcelo Migliaccio, Rodrigo de Almeida,Tales Faria , Jornal do Brasil
RIO - Na ante-sala do escritório no que fica 13º andar do prédio da Fundação Getúlio Vargas, na Praia de Botafogo, Zona Sul do Rio, surge o prefeito eleito Eduardo Paes bem disposto, mas visivelmente mais magro depois da maratona eleitoral. Em cerca de 50 minutos de conversa, revela que já conseguiu, ainda este ano, R$ 200 milhões para obras no complexo da Penha, na linha 4 do metrô (Zona Sul–Barra) e na Via Light, fora as parcerias para a revitalização da Zona Portuária.
Com humor, saboreia a vitória sobre Fernando Gabeira, diz que gosta do Posto 9 – mas ia à praia no 10 – e confessa que ainda não dormiu direito desde a vitória no segundo turno. As xícaras de café e o refrigerante zero em sua mesa confirmam que o ritmo de trabalho continua frenético. Mas agora o desafio é outro: transformar as palavras da campanha em realidade, apesar da crise econômica internacional e de outros obstáculos que, ele mesmo admite, podem surgir até 2012.
A seguir, a entrevista exclusiva do prefeito eleito ao Jornal do Brasil.
Pela reação de alguns, parece que Fernando Gabeira venceu a eleição.
Gabeira venceu a eleição, para o povo, para as urnas ficou o registro do esbulho eleitoral praticado pela gangue do PMDB.
Paes: Eu não queria estar no lugar dele. Prefiro estar derrotado onde estou. Para vencer a eleição é preciso um voto a mais que o adversário. O que vier além disso é lucro. Estou com 54.999 lucros. Essa visão de que ele saiu ganhando é de setores importantes da sociedade que o apoiaram. A eleição acabou, mas há um monte de viúva chorando. São pessoas que respeito. Adorava o Caetano Veloso e continuo adorando. Morri de inveja ao ver o Caetano cantando no programa do Gabeira. Torço para que algum dia ele cante para mim. Não precisa ser numa campanha, mas para a prefeitura... Acho a Fernanda Torres uma excepcional atriz. Esses artistas fizeram sua opção. Mas numa democracia o voto das pessoas conhecidas vale tanto quando o das mais humildes. Agora é olhar para a frente. Quero governar para todos os cariocas.
Discurso de Odorico, voto não é dinheiro, ainda mais voto obtido de maneira irregular, mas como ele não vai acusar o golpe sempre vai dizer que ganhou a eleição em cima desses 54 mil votos sabe-se lá Deus obtidos em que condições.
Como pretende sinalizar isso para os eleitores?
Não sou de ficar emitindo sinais para setores da sociedade que não votaram em mim, como fazer um programa de subsídio ao teatro ou aos cantores do Rio. O que desejo é ser um bom prefeito. Para isso, já estou trabalhando desde segunda-feira, sempre acordando cedo. Quando a prefeitura funciona, é para todos. Claro que há quem sofra mais com a má qualidade dos serviços porque depende do poder público para tudo. Mas todos nós sentimos a ausência do prefeito Cesar Maia. As pessoas estão carentes de prefeito. A comunicação dele com a sociedade é feita por e-mail. Quando ele responde por e-mail, não dá para saber se está com a cara triste, com a cara alegre, com a sobrancelha levantada... Coisas de gente, de ser humano.
Essa parte mostra o discurso desconexo "não aceno para os que não votaram em mim", como é? Vai ignorar um milhão e seiscentos mil eleitores de classe média e alta que pagam a maior parte dos impostos da cidade? Está maluco? Tá querendo tomar um boicote de IPTU pelo meio da cara como o Maia tomou quando tentou reajustar a tarifa?
Não é uma prova de que o instituto da reeleição não dá muito certo?
Existem casos em que a reeleição funcionou. O mandato atual do presidente Lula é muito melhor do que o primeiro. Já o segundo do presidente Fernando Henrique foi pior. Não há uma regra para isso.
Quais serão, de fato, suas maiores prioridades quando assumir a prefeitura?
A primeira prioridade é a questão da saúde, que é onde as pessoas mais sofrem. Já estamos tratando disso, o secretário Hans Dohmann está designado e trabalhando. Outra meta da qual já comecei a tratar esta semana é romper o isolamento político do Rio. E o terceiro ponto que eu gostaria de deixar marcado é o de ser o prefeito do feijão-com-arroz, o síndico, aquele que cuida do cotidiano da cidade, da conservação, da troca da lâmpada, da grama aparada na praça, da limpeza das ruas.
Discurso repetitivo unido ao complexo de capacho, além de copiar o discurso do Gabeira, antes ele discursava dizendo que queria ser apenas síndico do Rio, vai ver o modelo dele de síndico é aquele em que o cara entra, pega todo o caixa pra reformar a fachada do prédio mas não manda limpar a caixa dágua nem consertar o elevador, dois meses depois está andando de carro zero e a mulher foi fazer uma lipo.
O segundo secretário anunciado, Rodrigo Bethlem, é o da ordem pública...
Ele vem conduzindo um trabalho importante com as operações Copabacana, Ipabacana e Barrabacana. É uma pessoa respeitada e com disposição para enfrentar esse tema, que é complicado na cidade. Vamos atuar com a Guarda Municipal, a área de licenciamento de atividade econômica, de controle urbano. Ele talvez vá ser o secretário com maior interação com as outras secretarias. Por ser uma questão de postura e atitude, podemos dar uma resposta imediata nessa área. Não é algo que exija recursos, licitações.
Betlhen é um velho conhecido dos cariocas desde que foi um dos primeiro Cesar Boys a ganhar notoriedade, combatendo o esgoto in natura derramado na Lagoa Rodrigo de Freitas, o mesmo esgoto que cai diariamente até hoje na Lagoa e nenhum prefeitinho, prefeito, governador, nem mesmo o Papa consegue resolver.
Fazer operações "bacanas" na zona sul é mole, quero ver uma Inhaúmabacana, Ricardo de AlbuquerqueBacana, JacaréBacana, ou será que ação da prefeitura nesses locais é só de quatro em quatro anos em época de eleição?
Como a ação social vai complementar esse trabalho?
A rua não é um lugar para se morar, não pode ser alternativa aos problemas sociais. Precisamos ter uma política social efetiva. Vamos buscar a família da criança que está na rua e ver do que ela precisa. Vamos dar tratamento adequado aos que têm problema com drogas. O que não pode, é em plena Rua da Alfândega com Rio Branco, no Centro, haver pessoas fazendo suas necessidades fisiológicas com a maior naturalidade.
Não entendi. Ele fala como se o problema não fosse dele, a prefeitura tinha um trabalho social com a Fundação Leão XIII que foi interrompido, a impressão que se tem é que ele vai instalar abrigos banheiros, de dia as pessoas fazem as necessidades ali, de noite a população de rua se abriga dentro deles.
O senhor pretende investir nessa estrutura de amparo social?
Não há, por exemplo, um centro de tratamento municipal para dependência química...
Não há. Existe até uma Secretaria de Prevenção à Dependência Química, mas não tem recursos, nem políticas desenvolvidas. O secretário é até um homem de bem, o coronel Duran, mas não dispõe de recursos.
Secretaria essa que ele pretende extinguir, dizer que não tem recursos é uma hipocrisia, porque para esse tipo de trabalho social poder-se-ia captar parcerias privadas, mas pelo visto combate às drogas não é com ele
O senhor esteve em Brasília e foi ao Congresso saber como estão os projetos para o Rio. A que conclusão chegou?
Essa visita marca uma nova era, de interação dos três níveis de governo aqui no Rio. Já conseguimos com a bancada fluminense que alguns recursos do orçamento deste ano fossem disponibilizados para fazermos o complexo da Penha, a Via Light e a linha 4 do metrô. Algo em torno de R$ 200 milhões. O que pedimos ao Lula foram recursos referentes a emendas da bancada deste ano, que ainda não tinham sido disponibilizados. Mas o grande pedido que fiz a ele foi o investimento no Porto do Rio, que já será uma intervenção urbana fantástica na cidade. A prefeitura entra com concessões de uso, o governo federal e o Estado, com algumas áreas e o dinheiro da iniciativa privada. É um grande negócio que tem tudo para dar certo numa área importante da cidade.
É brincadeira, o cara vai a Brasília para conseguir dinheiro para o governo do Estado!
Todo esse dinheiro que está vindo é carimbado e é responsabilidade do Cabral, mas o pior está por vir, ele quer demolir extensos quarteirões históricos da região portuária do Rio de Janeiro, para criar algo megalomaníaco igual o Maia fez com a Cidade da Música.
Está certo que a região sofre de abandono, mas o que ele pretende fazer é um grande ponha-se na rua sem nenhum motivo, porque ele não pega o dinheiro para melhorar o terminal de passageiros do Porto e a Rodoviária?
Sua campanha foi muito objetiva, com detalhamento do que pretende fazer na prefeitura. A crise econômica internacional, que ficou mais aguda já perto do segundo turno, pode inviabilizar algumas das metas definidas na campanha?
É preciso ficar claro que não vou resolver todos os problemas no primeiro dia, tenho quatro anos pela frente. O que posso dizer para a população é que não descansarei um só instante até que eu consiga viabilizar aquelas melhorias de que a cidade precisa. É claro que haverá obstáculos, que algumas coisas não conseguirei fazer.
Não vai resolver nem no primeiro nem no último dia, o maior erro dele foi ignorar que a situação econômica era grave, ele não é Cesar Maia, que apesar de todos os seus erros, é reconhecidamente um economista brilhante, porque conseguiu com todas as obras superfaturadas, manter o caixa da prefeitura pagando regularmente os servidores, já o candidato eleito, coitado, é um bacharel de direito que precisa urgentemente de um bom economista senão não dou um ano de governo para ele colocar a cidade na bancarrota.
Que obstáculos o senhor acha que vai enfrentar?
Os mais variados, medidas judiciais, liminares, falta de recursos...
E o povo, senhor candidato eleito, não se esqueça do povo que vai cobrar cada uma das 83 promessas de campanha se o senhoir for diplomado dia 1º de janeiro, afinal se o senhor não sinaliza para os que não votam no senhor, os que votam sinalizam muito bem, inclusive os que votaram no senhor.
A Câmara de Vereadores pode ser um desses obstáculos?
Se eu não souber lidar com a Câmara, pode. Nesta semana, repeti o que já havia feito no início da campanha: fui lá e mostrei o meu respeito pela Casa. Pedi, inclusive, que os vereadores não deliberem sobre nenhuma iniciativa do atual prefeito que demande gastos no ano que vem, porque ele mandou uma solicitação de aumento para servidores. (Paes não contém um longo bocejo e pede café a um assessor). Ainda não consegui dormir direito desde a campanha.
Ele foi na verdade interferir nos trabalhos legislativos que não lhe dizem respeito, entrou na Câmara com os candidatos eleitos e reeleitos, muitos deles correndo o risco de perder os mandatos por conta de processos na justiça, o que ele foi fazer lá foi uma espécie de intimidação. Inclusive ele deixou a reunião no meio frustrando uma coletiva que seria dada no final.
Não baixou a adrenalina?
Pelo contrário, aumentou, ainda mais agora que tenho a responsabilidade nas mãos.
Ahn, sem muitos comentários, adrenalina quer dizer nervosismo, nervosismo quer dizer não sabe o que vai fazer, não saber o que vai fazer quer dizer que o cara está no lugar errado na hora errada.
Quando vai tirar uma folga?
Deve haver um evento relacionado à candidatura Rio 2016 em Istambul, em meados deste mês. Vou ver se pego uma semana para viajar com a minha mulher e dar uma arejada.
Até lá ele já estará fora da prefeitura, espero. Vai como convidado do COB, isso se for aceito de volta como Secretário de Esportes do Cabral.
Em análise do seu ex-blog, o prefeito Cesar Maia achou que as fotos do encontro, publicadas nos jornais no dia seguinte, não traduziram o clima amistoso da reunião de vocês dois. O senhor concorda com a declaração dele?
É verdade. Foi uma reunião natural, civilizada, serena. O prefeito foi muito gentil comigo e eu com ele. Sabemos dividir essas coisas, não fico raivoso, guardando mágoa e acredito que ele também não fique. Disponibilizou as informações para uma transição em alto nível. Seria a pior coisa do mundo não termos acesso a todas as informações. Acabou a eleição, agora há um quase ex-prefeito e um prefeito eleito, ambos com maturidade para lidar com as situações.
Até onde sei o Maia não ia dar na cara dele em público, porque ele criou o ovo da serpente, de todos aqueles jovens ambiciosos que se cercaram dele há vinte anos um deles seria mais agressivo e ardiloso, venceu o mais forte, lei da selva.
E o encontro com o presidente Lula, como foi?
Ele disse que estava muito feliz, que sabia que a disputa aqui iria ser difícil. O presidente foi muito gentil na maneira como me apoiou. Soube superar as nossas divergências do passado, que foram públicas e notórias. Não pedi desculpas, porque estava ali numa posição de deputado, fiscalizando o Poder Executivo, exercendo meu papel. Tivemos uma conversa madura, expusemos nossas opiniões, por isso ressalto a grandeza dele. Foi diferente em relação à atitude que tive com a dona Marisa, uma mãe, porque eu tinha exagerado nas ofensas pessoais ao filho dela. A ela, pedi desculpas no plano pessoal, não político. No calor das refregas políticas, a gente passa do tom, exagera um pouco, ultrapassa os limites.
Sim, afinal de contas, tudo pela permanência no poder, negociar com um canhão apontado para a testa não dá muitas margens de manobra, o PMDB hoje é a principal bengala para o governo Lula se manter à tona.
Por isso, engolir os palavrões proferidos contra seu filho na tribuna do Congresso é um preço pequeno a pagar pela governabilidade.
Desde a campanha ficou claro que o seu secretariado seria composto por quadros tanto técnicos quanto políticos. Como espera fazer essa combinação?
Sou político e jamais disse que não colocaria política no meu governo. Nunca deixei de dialogar com os políticos. As alianças foram partidárias. Ninguém desconhece minhas alianças, diferentemente do que ocorreu com outras candidaturas. Existem áreas que quero respaldar tecnicamente, como saúde, educação, urbanismo, obras, Fazenda, Procuradoria. Outras vamos compor com quadros políticos qualificados.
O problema é achar esses quadros, estou observando uma demora em se anunciar os cargos, ou é porque ele não acreditava que ia ganhar ou então porque muitas pessoas consultadas estão esperando a diplomação do candidato eleito para aceitar a indicação, senão vai pagar um mico de fazer parte de um governo que não existe, como agora.
Como estão sendo as conversas com os partidos? Com o PT, por exemplo?
Quero conversar ainda com os presidentes municipal e regional do partido. Quero muito que o PT participe do governo. E vou conversar pessoalmente.
O PT até agora só tem dado com a cara na porta, a úncia pessoa que parece que conseguiu alguma coisa foi a Benedita, mas ela tem profundas ligações com o PMDB (vice do Garotinho, lembram?), mas parece que ela está disputando com Jurema Batista (cansada mas não desiste da guerra) uma secretaria.
E com o deputado Jorge Picciani (presidente da Assembléia Legislativa do Rio e membro do PMDB)?
Ele tem sido exemplar. Conversamos duas vezes nesta semana, e ele não pediu nada.
Ele não precisa pedir nada, ele controla tudo dentro da Alerj, é o braço direito do Cabral, e agora a prefeitura é um anexo da sala dele.
Há informações de que ele estaria conversando com o PT em seu nome...
Não. Quem apadrinhou a aliança com o PT foi o governador Cabral. Picciani é um aliado importante.
Aí é que o discurso não encaixa, quem está sentado em cima das nomeações é o Picciani o PT já reclamou disso, e pelo visto o Paes não resolve nada, no final das contas quem controla é ele e acabou, tenho até minhas dúvidas se o Cabral também não é comandado por ele.
O senhor já foi do PV. O secretário de Meio Ambiente será ligado ao Partido Verde?
Não. O PV não se elegeu, mas tenho boa relação com a vereadora Aspásia Camargo, com o Alfredo Sirkis também. Espero que ele não tenha ficado chateado por eu ter dito que ele participou dos três governos do Cesar Maia. O outro vereador eleito (Paulo Messina), não conheço, mas tanto a Aspásia quanto o Sirkis são pessoas de elevado espírito público, com grande disposição para ajudar a cidade.
Imagina, já deve ter ligado colocando o PV à disposição para uma indicação para uma secretaria, afinal de contas foram anos e anos dentro da prefeitura dando licença irregular para obras e fechando os olhos para os crimes ambientais na cidade, ele tem um legado para administrar.
E a Andrea Gouvêa Vieira (vereadora reeleita pelo PSDB), o senhor convidou?
Não, não. Adoro a Andrea, é minha amiga, um quadro político qualificado, mas, em princípio, não. Ela deve estar numa posição de oposição formal. Tenho certeza que o que for positivo para a cidade ela vai aprovar. Há pessoas muito próximas a mim no PSDB, que votaram em mim, mas não saíram pela rua fazendo campanha.
A vereadora Andréia Gouveia tem um episódio nebuloso a respeito da concessão do RioCentro, na qual dois advogados de seu escritório formaram uma empresa fantasma para ganhar a licitação do centro de convenções em nome de uma empresa francesa, no final das contas até o governo federal teve que intervir porque metade do Riocentro pertence à Embratur, até hoje não sei o que ficou decidido.
Quem tem sido seu principal interlocutor nesta fase?
O governador é muito constante. Existe uma parceria muito forte. Não me preocupa que digam que estou sendo tutelado. Primeiro que o Sérgio não tem o menor saco para tutelar ninguém, nem tenho vocação para ser tutelado. São dois políticos que se entendem em perfeita harmonia, que são amigos e se admiram. Às vezes eu até peço sugestões de nomes, mas ele não me dá nenhuma. Ele diz claramente que, mesmo no governo dele, odeia nomear. Eu também acho isso a pior coisa do mundo.
O Governador não tem saco? Ah sim, se não gosta de assumir responsabilidades pelo Estado com a segunda maior arrecadação de impostos do país então nem deveria ter se candidatado, às vezes tenho a tenebrosa impressão que o Paes é o marionete do marionete, agora a pergunta é, quem manipula os fios?
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Quando o PMDB decidiu compor com o PT, que já tinha anunciado Alessandro Molon como candidato, sua campanha já estava na rua. O senhor tinha certeza de que voltaria a concorrer?
Eu? Tinha certeza de que não voltaria. Foi uma circunstância, uma mudança de situação. Os astros convergiram favoravelmente. Mas naquele momento difícil, minha relação com o governador Sérgio Cabral só se fortaleceu. Soubemos superar a adversidade, permanecemos juntos, eu trabalhando como secretário dele. Tentaram fazer intrigas de todos os jeitos, mas eu sabia que aquilo era duro para mim e também para ele. Porque nós acreditávamos que eu poderia ganhar a eleição e por isso foi mais duro ainda. Uma coisa é você ser impedido de disputar uma eleição em que não teria chance. Outra é ficar fora quando poderia vencer.
É, no momento que o Cabral percebeu que ganharia mais com um candidato próprio sacou o Paes da Secretaria de Esportes e através de um Diário Oficial fajuto forjou sua saída em tempo hábil para registrar a a candidatura, dando uma rasteira no PT, depois quando precisou foi lá obrigar o Presidente da República a dar apoio à candidatura da farsa.
A que o senhor atribui sua vitória na eleição?
A ter tido mais votos do que o Fernando Gabeira na Zona Oeste e na Zona Norte, o que compensou a derrota na Zona Sul, onde as pessoas vão muito pela moda. Você perguntava por que o Gabeira e muitos não tinham uma resposta objetiva... "por que é a onda..." Nada do que foi será do jeito que já foi um dia (canta a música de Lulu Santos usada por Gabeira). Você supõe que as pessoas daquela região seriam mais reflexivas, mas elas vão no embalo. Minha sorte é que não tenho nenhum desvio de conduta, senão teria sido crucificado em praça pública. Me chamaram de tudo, menos de desonesto e incompetente.
Vejamos, por partes:
Primeiro ele perdeu em toda a zona norte até Madureira, ele perdeu feio, perdeu em toda a zona sul e parte da oeste, os percentuais foram bem apertados na parte mais longínqua da cidade, mas nunca cairam abaixo de 30%. O que provocou a pequena margem de vitória dele foi a baixa abstenção nesses bairros mais afastados, que ficou na faixa de 17% contra 30% nos bairros de faixa de renda e densidade demográfica mais altas, isso ajudado é claro pela mãozinha da máquina estatal que antecipou o feriado do funcionalismo público para segunda feira depois da eleição, mas isso está sendo analisado pelo TRE, para quem quiser ver a verdadeira contagem de votos, tem essa tabela nesse link aqui:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH0KH7sR0A0wzCqxZLdFtPTNENW5dyVZz5CwL0_acrMsN11CR7bKt-xCeSEGquIQX-MMq8xIkeCP3G7SNP-uu6qrjEV29Qlv5ifixwDV-yG8f_JRHidMWGS7nLgveAsfpLSmRil9DmQrYs/s1600-h/eleicaorjhs7.jpg
Segundo: Gabeira não foi uma onda, seu discurso é para ocultar o que foi a forma mais perigosa de fazer política (para os políticos tradicionais é claro) que se já se fez em uma campanha, o povo reconheceu no candidato do PV uma saída para o buraco sem fim onde políticos tradicionais clientelistas e fisiologistas como o candidato eleito tinham nos metido.
O medo que os políticos tradicionais como ele, que vivem de vender e comprar apoios políticos e fazer alianças até com pessoas pouco recomendáveis (vide os milicianos candidatos a vereador que estavam na sua festa da vitória), é que esse tipo de fazer política prevaleça arrasando com seus projetos de poder.
O discurso de Gabeira era difícil de ser entendido pelas pessoas mais humildes e é claro que isso foi usado contra ele, os folhetos apócrifos e a espionagem dentro do partido (depois das declarações que ele deu está na cara que sabotaram a campanha do Gabeira de dentro do PV) deram conta do resto.
Mas mesmo assim ele perdeu de pouco, frustrando muito mais pessoas do que as comemoraram a vitória do candidato eleito.
Terceiro: O candidato eleito tem memória curta, ele tem um processo de improbidade administrativa que está correndo na justiça, uma bela duma ficha suja, e a ele se juntam os onze processos abertos no TRE sobre crimes eleitorais cometidos nessa eleição.
Quanto a ser desonesto e incompetente realmente não temos ainda subsídios para denominá-lo assim, ainda, se ele se mantiver no cargo acho que teremos muitas oportunidades para usar esses termos para nos dirigir a pessoa dele e dos seus secretários.
O senhor é da Zona Sul?
Nasci na Casa de Saúde São José, no Humaitá. Morei no Jardim Botânico. Estudei no Colégio Santo Agostinho, no Leblon. Me formei em direito pela PUC, na Gávea. Com 16 anos fui morar em São Conrado, onde meus pais vivem até hoje. Quando virei subprefeito é que fui morar na Barra.
Alou suburbanos que caíram no conto do vigário, satisfeitos por serem usados como massa de manobra? Espero que estejam felizes porque só daqui a 4 anos é que verão a cara do sujeito de novo na sua área, o cara é tão covarde que nem colocou a cara dele nos outodoors que espalhou na cidade para eles não servirem para a prática de tiro ao alvo.
O senhor já freqüentou a Praia de Ipanema no Posto 9?
Quando era garoto, minha mãe me levava no Posto 10. Mas acho o Posto 9 ótimo. Você está perguntando se eu... (risos). Meu lugar de tomar chope é no Jobi ou no Bar 20. Já tomei muito café da manhã na padaria Lisboa. Madrugada na Pizzaria Guanabara. Esse fenômeno de Zona Sul foi uma coisa do segundo turno. No primeiro, teve muito voto útil. O bom é que o povo mais humilde da cidade compensou do outro lado.
Posto 9 para quem não sabe é o ponto da praia de Ipanema onde se reúne a fauna underground do bairro, a turma da erva, os gays, o point do barulho, ele caiu na armadilha e tarde demais tentou consertar.
Mas o pior do discurso dele foi continuar a manter a cidade partida, considerando os votos dos humildes (que a turma dele adora explorar) mais importantes que os da Zona Sul, fazendo a sutil manipulação de egos dos pobres para trazê-los para seu lado.
Por falar em outro lado, quais as áreas mais castigadas pela ausência de prefeito?
Zona Oeste, Barros Filho, Costa Barros, que têm o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade, Acari, Pavuna, Ricardo de Albuquerque, Anchieta, Jardim América, Parque Colúmbia, Fazenda Botafogo. É algo assustador. É preciso conhecer essas áreas, saber dos problemas.
Essa coisa de IDH ele pegou nos anuários do IBGE, há tempos que a prefeitura abandonou essas áreas por conta da violência, é o miolo da cidade, margeando a Avenida Brasil, uma área totalmente devastada pela miséria.
Quais são eles?
Tudo. É necessário resgatar os serviços públicos, investir em urbanização, políticas de qualificação profissional, coleta de lixo, iluminação das ruas. Vamos tratar essas áreas degradadas com muita atenção.
Essas regiões estão tão degradadas que deveriam ser consideradas prioridade, mas como ele fala as coisas de forma genérica é capaz de aqui a algum tempo só se lembrar mesmo da questão do índice de IDH.
O prefeito Cesar Maia se disse outro dia preocupado com o atraso nas obras da Cidade da Música. A inauguração pode ficar para o senhor...
Não, a placa eu vou deixar ele inaugurar.
Toma que o filho é teu, antigamente enchia a boca pra dizer que ele tinha sido o autor da idéia agora renega a sua criação.
O custo mensal será mesmo de cerca de R$ 1 milhão?
Acho que é mais. Com a experiência que tive gerindo o Maracanã, há despesas com pessoal, contrato de limpeza, de jardinagem, de segurança, conta de água, conta de luz. Pelos meus cálculos, chega perto de R$ 2 milhões por mês. Vamos tentar fazer a concessão, trabalhar com a parceria privada. Não seria algo que eu faria, mas foi feita e agora compete a nós fazer com que um equipamento em que a cidade colocou quase R$ 600 milhões funcione.
Ah, agora sabemos de onde vem sua "experiência administrativa".
Na subprefeitura da Barra ele só fez botar coisas abaixo para abrir caminho para as construtoras, não administrou nada.
Na secretaria de meio ambiente permitiu que os condomínios crescessem e jogassem seu esgoto nos canais da Barra, depois culpou as favelas e não fez mais nada.
Já no Maracanã ele aprendeu alguma coisa como administrar uma estrutura, então está explicado porque uma de suas promessas era trazer 12 grandes eventos pro ano pra cidade, ele vai administrá-la como uma cidade-espetáculo, mas peraí, o Maia já não fazia isso?
Já há parceria em vista?
Ainda não. Tive algumas conversas ainda no primeiro turno, vamos ver... Aliás, não é para fazer média, mas eu queria dizer aqui que o Jornal do Brasil fez, de longe, a melhor cobertura da eleição. Desde o início, o jornal abriu um espaço enorme, elogiou e criticou todos os candidatos. Foi imparcial.
Nesse ponto parece que ele resolveu acabar com a entrevista abruptamente, ainda faltavam algumas perguntas tais como a participação dele na criação da Cidade da Música, sobre o superfaturamento das obras do Pan e a preparação da cidade para Rio 2016, a prostituição.
A impressão que eu tive dessas duas reportagens é que ele ainda está tentando fazer sua imagem se fixar como a de um grande administrador, coisa que ele não tem estofo nem tempo de vida para ser, aliás como ele, o Governador Cabral sofre do mesmo mal, a precocidade política, eles pensam que o quanto antes chegarem ao poder mais tempo poderão governar, ledo engano, um político jovem, arrogante e ambicioso é um prato cheio para cair nas próprias armadilhas que ele vai deixando pelo caminho, os discursos oportunistas, as alianças escusas, os projetos engavetados, isso fica na memória das pessoas, e isso o eleitorado não perdoa.