Acordo entre Paes e vereadores adia votação de projetos na Câmara
Prefeito eleito quer sua equipe examinando propostas que afetem finanças.
Suspeitos de envolvimento com milícia participam de reunião.
"Fiz dois pedidos aos vereadores. Que todas aquelas mensagens que existissem em tramitação na Câmara que dissessem respeito às finanças do município, a receitas ou despesas, que eles aguardassem um pouco para votar até que a equipe de transição pudesse se manifestar a respeito dessas mensagens. E também em relação ao orçamento, que a equipe de transição pudesse participar das discussões do orçamento do ano que vem", disse Eduardo Paes, ao deixar a Câmara municipal.
Funcionalismo: polêmica
No encontro, no entanto, a polêmica teria girado em torno do impacto de projetos do funcionalismo no orçamento da prefeitura, que teriam apoio da bancada do DEM.
"O vereador Paulo Cerri (DEM) disse que recebera orientação do prefeito Cesar Maia para que viabilizasse todas as sugestões encaminhadas pelo prefeito eleito Eduardo Paes, mas que indo a plenário propostas encaminhadas pelo prefeito Cesar Maia a respeito do funcionalismo público, os Democratas votariam favoravelmente", disse o vereador Jorge Felippe (PMDB).
O consenso, segundo Jorge Felippe, prevê que as comissões da Câmara vão postergar o envio desses projetos ao plenário.
"São projetos que implicam em onerar o erário, implicam em despesas. A idéia é segurar para que a equipe possa proceder o impacto financeiro da folha", disse Jorge Felippe, acrescentando que Paes poderá sugerir mudanças a partir da bancada do PMDB na casa.
Quem estava na reunião
Participaram da reunião 38 vereadores e outros dez eleitos nas últimas eleições, entre eles suspeitos de envolvimento com milícias como Carminha Jerominho. Perguntado sobre sua posição em relação aos vereadores eleitos suspeitos de envolvimento com grupos paramilitares, que atuam em comunidades carentes do Rio, Paes foi taxativo:
"Minha posição é que eu sou o prefeito da cidade e eles são vereadores eleitos. Não compete a mim mudar, compete a mim respeitar o parlamento municipal".
Vereadores tietes
Eduardo Paes foi recebido com festa e a tietagem de alguns vereadores incluiu tirar fotos ao lado do prefeito eleito. Ao ser perguntado sobre pressões de outros partidos para nomeação de cargos e secretários, Paes afirmou que todas as designações são de sua inteira responsabilidade."Ninguém coloca a faca no meu pescoço, ninguém me obriga a absolutamente nada. O prefeito é que vai cobrar deles a execução das políticas que nós definimos, quem for bem permanece, quem não for bem vai para casa".
http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL843644-5606,00-ACORDO+ENTRE+PAES+E+VEREADORES+ADIA+VOTACAO+DE+PROJETOS+NA+CAMARA.html
Sinceramente, vou pedir pro Gabeira fazer um bilhete de loteria pra mim, quando ele falou no último debate que a milícia "entraria pela porta da frente da prefeitura" de braços dados com Eduardo Paes muita gente deve ter achado que ele estava exagerando.
Mas não é que aconteceu mesmo? Além de entrar com os milicianos eleitos, foi até gente que já deveria estar cassada, quer dizer que agoras as assembléias a serem feitas pedirão pelo decoro além de terno e gravata o uso de coletes a prova de balas.
Bom, isso não é nada comparado ao que ele foi pedir aos vereadores, numa clara interferência aos trabalhos legislativos, solicitar que não façam mais emendas ao orçamento.
Está mais do que claro que as gratificações dos funcionários da prefeitura vão embora nessa freada de arrumação, faltando dois meses para o término do mandato de César Maia a casa ainda não fechou o orçamento.
Para quem achava que a eleição de Paes ia ser uma melhora na administração pública os primeiros sinais são desoladores, primeiro ele nomeia um político do PSDB(??) para ser seu chefe da Casa Civil (modesto ele, só em outro lugar tem Casa Civil, a Presidência da República), depois nomeia um Secretário de Saúde que se apresentou e disse que daqui a quinze dias volta com uma solução para a dengue.
Muito pouco para um candidato que se dizia capacitado para cuidar de tudo da cidade e que prometeu que em seu primeiro dia de mandato nomearia o secretário de saude.
Mas o que ele fez na verdade foi acordar com uma baita cara de ressaca e ir todo mal ajambrado dar uma entrevista ao vivo na Globo, onde os jornalistas todos sorridentes (imagino que alguns estavam sorrindo de raiva) fizeram um monte de perguntas e o candidato respondia como se ainda estivesse nos debates pré eleição.
Ficou devendo a nomeação, foi pra Brasília fazer beija-mão com o presidente e pressionar o TRE (leia matéria abaixo), e voltou para o Rio.
A essa hora o seu padrinho, Cabral, está passando uns dias em Nova York, porque ninguém é de ferro, e ele ficou com a bomba na mão.
Hoje de manhã (29) ele deu uma entrevista na rádio Band News onde o Ricardo Boechat perguntou na lata se ele ia nomear o Senador Crivella para a secretaria de urbanismo, coisa que teria sido acertada durante a campanha do segundo turno e noticiada não por mim, mas pelo próprio Boechat em seu programa de rádio, sem falar que antes o jornalista Ricardo Noblat em seu blog no Globo publicou o que seria o preço do apoio de Crivella a Paes: 5 milhões para pagar as suas despesas de campanha e apoio para a eleição para o cargo de senador em 2010, esse foi um dos primeiros escâdalos da candidatura Paes ainda no segundo turno.
A resposta de um assustado Paes foi um peremptório "não", ele afirmou que não ia dar cargo pra nenhum político e coisa e tal que ela ia querer quadros técnicos e demais blá, blá, blás.
Mas ficou a impressão que ele teve que sair da saia justa colocada pela velha raposa, todos queriam ouvir de sua boca um sim ou um não, prevaleceu um não, e ele acabou a entrevista correndo, porque com certeza os celulares de seus assessores deviam estar urrando impropérios de seus aliados.
Aí talvez explique-se a reunião de guerra hoje na Câmara dos Vereadores, que durou o dia inteiro, e teve essa decisão de espera quinze dias.
Para quem prometeu muito, não para o povo, mas sim para os aliados, ele parece que vai entregar muito pouco ou quase nada.
Mas um parentesis nessa história, notaram que ele já pediu dois prazos de quinze dias? Isso tem um porquê.
É que ele tem que apresentar as contas de campanha para o TRE no dia 4 novembro, se elas não forem aprovadas Paes não será diplomado e sua candidatura será anulada.
Por isso ele ainda não está fazendo nada, porque não há o que fazer, ele aprontou muito na campanha e não adianta vir de fanfarronice como o que está destacado no texto da reportagem, porque com a lei e a justiça não se discute, cumpre-se.
Um comentário:
Desembargadores lutam na Justiça para manter parentes
Wilson Tosta
O Estado de S. Paulo
20/1/2006
44 integrantes do TJ do Rio entram com mandado contra seu presidente
DESEMBARGADORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA (TJ) DO RIO ESTÃO ENTRANDO COM MANDADOS DE SEGURANÇA CONTRA O PRESIDENTE DO TJ, SÉRGIO CAVALIERI, PARA GARANTIR QUE FUNCIONÁRIOS DO JUDICIÁRIO – PARENTES DOS PRÓPRIOS MAGISTRADOS – NÃO SEJAM DEMITIDOS. A exoneração foi determinada pelo Conselho Nacional de Justiça.
Até ontem, dos 155 magistrados da segunda instância do TJ, 44 (28,38%), segundo pesquisa do Estado, tinham ajuizado processos desse tipo. Trinta e oito conseguiram liminares; outros 6 aguardavam julgamento.
Até a mulher do presidente, Irlene Meira Cavalieri, que não é desembargadora, está processando o marido, pelo mesmo detalhe legal: como encarregado das exonerações, ele também é considerado responsável pela determinação do Conselho Nacional de Justiça (a chamada autoridade coatora).
Irlene ganhou liminar, expedida pelo desembargador Antonio Eduardo Duarte. “Assim sendo, defiro a medida liminar requerida, para que a autoridade impetrada, o exmo. sr. desembargador presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, abstenha-se de praticar qualquer ato, conforme determinado na resolução n. 07/05 do CNJ, que vise à exoneração da impetrante, ou à anulação do ato de sua nomeação para o exercício do cargo que ocupa”, disse o magistrado, em despacho na quarta-feira.
O Estado tentou entrevistar o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, mas, por meio de sua Assessoria de Imprensa, Cavalieri informou que não poderia se pronunciar sobre os processos, por ser considerado a autoridade coatora.
ÓRGÃO ESPECIAL
A onda de ações começou em dezembro e continuou neste mês. Alguns desembargadores e seus parentes entraram em conjunto com os mandados. Os processos correm no Órgão Especial do TJ, instância máxima do Judiciário estadual, formada pelos 25 desembargadores mais antigos.
A alegação, em geral, para pedido e concessão das liminares, é a de que é preciso preservar direitos, que podem ser violados com as exonerações.
“FACE À POSSIBILIDADE DE DANO IRREPARÁVEL CONTRA DIREITOS DOS IMPETRANTES, DEFIRO A LIMINAR (...)”, DIZ O DESEMBARGADOR SÉRGIO DE SOUZA VERANI, NA DECISÃO EM QUE BENEFICIOU O DESEMBARGADOR ALBERTO MOTTA MORAES E OUTROS MAGISTRADOS, ALÉM DE SEUS PARENTES, COM DATA DE EMISSÃO DE 18 DE JANEIRO. ESSAS DECISÕES NÃO SÃO DEFINITIVAS: OS MANDADOS AINDA SERÃO JULGADOS NO MÉRITO.
Hoje, aguardavam decisão de seus pedidos de liminar os desembargadores Carlos Coelho Lavigne de Lemos, Ernani Klausner, Gerson Silveira Arraes, Maurílio Passos da Silva Braga, Nascimento Antonio Povoas Vaz e Rudi Loewenkron.
AI GALERA, NA BOA.
O QUE ESPERAR DO EXMO DESEMBARGADOR ALBERTO MOTTA MORAES ALÉM DA TRISTE FRASE "MANIFESTAÇÃO DE PERDEDOR"?
UM DESEMBARGADOR QUE EM 2006 CONCEDEU LIMINARES PARA QUE PARENTES DE DESEMBARGADORES PUDESSEM CONTINUAR A "MAMAR" ÀS NOSSAS CUSTAS... É UMA VERGONHA!!! COMO AS EXONERAÇÕES PODERIAM PROMOVER DANOS IRREPARÁVEIS AOS PARENTES DOS MAGISTRADOS???COMO UM MAGISTRADO DESTE PODE SER PRESIDENTE DO TRE??? COMO??? POR FAVOR ME RESPONDAM!!! A QUEM O SR EXMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRE JÁ VENDEU A ALMA???
A QUEM DEVEMOS RECORRER???
A QUEM DEVEMOS RECORRER???
A QUEM DEVEMOS RECORRER???
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